Motivação para a Vida Cristã
Realidade:
Entender o plano de Deus e vivê-lo muitas vezes é obscurecido com
certas vozes que nos tentam para que esqueçamos isto e procuremos outra coisa.
Modernos métodos de promoção e propaganda nos podem desviar do plano de Deus,
bem como a ênfase em dinheiro, débitos e várias pressões põem em perigo
nossa conscientização de que somos o povo chamado de Deus sob a aliança da
graça. Quando se esquece este objetivo de Deus surgem motivações erradas.
A conduta do cristão é resultado de sua teologia e daquilo que ele crê.
Porque, como ele imagina em sua alma,
assim ele é (Pv 23.7). Temos
convicções enraizadas profundamente e, devido a elas, agimos como costumamos
proceder. Nossos motivos são muitos e complexos. Os cristãos podem
confundir-se facilmente quando motivos impróprios ou subcristãos lhes são
sugeridos para realizarem as diferentes tarefas da vida cristã. Diz alguém: Este
é um problema fundamental. Se as pessoas estão ocupadas demais em pôr em
execução muitos planos relacionados com a igreja, mas que têm pouco ou nenhum
fundamento ou motivação cristã, por tal açodamento (precipitação,
apressamento) nós
as estamos levando a se iludirem a si mesmas, pensando que são algo que não são...
isto não é questiúncula teológica. É problema básico. É a diferença
entre o cristianismo e o moderno farisaísmo.
Exemplos de
motivação falsa que violam o plano da aliança de Deus na vida cristã:
Apelo ao senso de dever.
(Você tem que
fazer)
Apelo
ao orgulho. (Você
não fica envergonhado quando...)
Apelo
à lealdade. (É
preciso vestir a camisa da igreja!)
Apelo
à situação corrente.
(Estamos em
dificuldades...)
Apelo
à necessidade. (Precisamos
fazer isso!)
Apelo
ao temor. (Se
não fizermos, Deus nos cobrará um dia...)
Percebemos que várias formas são
usadas para fazer as pessoas se envolverem. Mas são superficiais e demonstram
certo farisaísmo no coração dos cristãos. A tática correta é cavar mais
profundamente e usar o evangelho ... a dinamite de Deus, para romper o caminho
ao rio subterrâneo da graça divina. As vantagens imediatas e finais que possam
resultar da conduta correta não são a motivação, mas o amor misericordioso
de Deus à humanidade é a causa. A gratidão não é motivo; a gratidão é
resposta, e respostas tomam forma através de ações específicas. A gratidão
é fruto e não raiz. O amor do homem a Deus vem depois que o amor de Deus
conduziu o homem ao amor.
Pregar
a Lei: a lei precisa ser
anunciada categoricamente para crucificar o velho homem, não para que o novo
homem seja capacitado a fazer boas obras.
Pregar o Evangelho: o sol
do evangelho, com seu poder penetrante, e seu intenso amor, induz e capacita o
mordomo cristão a tirar o manto do egoísmo e a iniciar o trabalho no serviço
de seu Senhor. Não deveriam surgir queixas sobre falta de frutos, quando, na
realidade, muito pouco se semeou e nutriu com a palavra da graça da aliança.
Muitos membros nominais da igreja não são bons mordomos porque suas
vidas se baseiam de convicções que são mais seculares ou paganizados do que
cristão.
1. Tu
deves fazer - é o estágio da lei, ausência de liberdade e de escolha;
2. Tu
deverias fazer - é a obrigação moral, sentimento de dever,
responsabilidade ética, coerção;
3. Tu
desejarás fazer - é o estágio da graça, liberdade, amor, espontaneidade,
atrevimento, alegria.
A motivação evangélica transforma o atormentador faze
tu e o aflitivo eu deveria em eu desejo ou eu farei com a
graça de Deus.
A
partir do que refletimos, como precisamos agir:
1 - em relação a nós mesmos?
2
- em relação às crianças e pais da escola bíblica?
3
- aos participantes dos grupos de famílias?
4
- em relação aos participantes nos cultos e santa ceia?
5
- em relação aos interessados pelo departamento de patrimônio?
6
- em relação aos membros ofertantes?
7
- em relação aos filhos que não querem participar da vida da igreja?
(Adaptado de texto original do Rev. Clóvis Prunzel)